AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS E O SISTEMA DE COTAS PARA ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS
Em face da grande repercussão que o sistema de cotas a ser adotado pela UFES no próximo vestibular que contemplará alunos oriundos da rede de ensino publico, vem alcançando, mostra-se o momento oportuno de uma analise de caráter reflexivo e critico sobre o ensino público, com abrangência também das universidades.
Talvez, poucos sabem, mas o sucateamento do ensino público, começou partir dos anos 80. Diversos problemas aconteciam simultaneamente, como: os salários baixos, profissionais da educação sem formações acadêmicas condizentes para suas funções, faltam de estruturas físicas das escolas, greves. Com estes e outros problemas, houve a proliferação de diversas escolas particulares e evasão dos alunos das escolas públicas.
Os problemas começaram a atingir também as universidades publicas. Com a finalidade única de barrar o crescimento e formulação de pensamento critico, começa então a mercantização do ensino superior; a aplicação de recursos públicos nas instituições privadas de ensino, através do pro uni; os cortes brutais de investimentos no ensino superior, com a não contratação de profissionais para o quadro docente e falta de mais repasse a produção cientifica, leva o pais à estagnação da produção cientifica. O total de vestibulando aumenta ano a ano, enquanto o numero de vagas continuam estagnados.
Com intuito de conciliar administração das universidades públicas com base as diretrizes do governo do PT, sobre a visão aleatória de beneficio a classe social baixa da população, as universidades publicas, como aconteceu recentemente com a UFES, vem adotando o sistema de cotas para os alunos das escolas públicas.
Tal fato, ou novo sistema tem gerado descontentamento entre os alunos de escolas particulares que tentarão uma vaga na universidade publica, e talvez seja uma lição obvia de comodidade, pois a medida em que havia um concorrência desleal entre eles, os alunos dos cursinhos pré vestibular tapa buracos, e os poucos preparados das escolas publicas, tudo ocorria a mil maravilha. Porque os atuais descontentes com o novo sistema, não reivindicaram o aumento de numero de vagas, já que nem todos os celebres destes cursinhos pré vestibular conseguem a tão sonhada vaga.
Talvez, seja o momento dos dirigentes das Universidades publicas repensarem estratégicas profundas sobre a gratuidade das universidades publicas, sobre o novo sistema a ser adotado, como: Quais cursos serão oferecidos no período noturno? Serão aqueles que o candidato se inscreve para simplesmente ter o diploma de curso superior? Como sabemos, a maioria de alunos de escolas publicas necessitam trabalhar no período diurno para manter-se e ajudar financeiramente as suas famílias.
Alias, atualmente é um erro definirmos as universidades publicas, como realmente publicas. Quando falamos em publica, imaginamos acessíveis a população de baixa renda, fato que a muito tempo não acontece nas universidades, já que como já dito acima, os melhores cursos são oferecidos no período diurno e as suas vagas preenchidas por aqueles alunos que puderam pagar por vários anos as mensalidades em escolas particulares e tem condição de estudar no período diurno sem afetar a renda familiar.
Nesse sentido, a cobrança de uma mensalidade, não assustadora como das faculdades particulares, desses alunos vindos das escolas particulares, seria fundamento lógico e poderia, quem sabe, serem utilizadas para aumentar o numero de vagas, aumentando assim as chances dos alunos das instituições públicas.
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